Por dentro
deste motim
o sangue
efervescente
desembaraçadas
as facas afiadas
calados os
sons guturais em verbo de ira.
De dentro
deste motim
bolço ao
mundo a ossatura matricial
e dos
bolsos arranco as palavras gentis
contra os
ferozes mastins da dissidia.
Ao fim
deste motim
os jardins
alindados onde a neve repousa
e os
esquilos furtivos abrem nozes.
Amanheço à
imagem das mãos
inteiras e
açoradas
movediças
com a sede
do mundo inteiro
no cruzamento
dos ventos sem rumo
inventando
dicionários, cores e frutos
e deixando
à janela
na consagração
da manhã demiúrgica
a seiva
fecunda do febril estado nómada.
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