25.2.18

Piloto automático

Do nome sem paradeiro:
a antítese da noite
no inventário dos tutores da cidade
em novelos acamados na janela propositada.
Cuidados os degraus
o improvável ganho dispara na sombra
e sei dos nomes sem paradeiro.
Estamos em piloto automático:
sabemos
que do tudo sabemos nada.
Por isso
piloto automático.
As cortinas entreabertas cobrem a poeira
e o olhar não se cansa
não adia o sufrágio nos socalcos estimados
nem se amedronta
com os estilhaços prometidos.

Sem comentários: