E se fosse
esta a arena
onde as
cartas se jogam
na mudez
do orvalho matinal?
E se as
ondas abertas
não se
fundissem na véspera do areal
invadindo (alegoricamente)
as janelas?
E se frondosas
sereias
lograssem as
distantes montanhas
recolhendo
dos arbustos frutos silvestres?
E se a lua
comprida
se mascarasse
de aurora boreal
e as
espadas diuturnas aguardassem veludo?
E se as
crianças emancipadas
não fossem
obedientes
nem aos
seus próprios vultos?
E se as
letras de um alfabeto diferente
fossem desenhos
impressionistas
por dentro
da tela rasgada que fere os olhos?
E se a
noite emudecesse
e só
sobrassem páginas brancas
à espera
de escrita?
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