15.7.18

Escultura

Com gesso
esculpi as mãos maestras
e no poço outonal
amestrei o suor
o mítico ocaso sobranceiro 
à vontade. 
No tira-teimas
a escultura pedia cor
e eu não sabia das tinturas à espera. 
Não faz mal. 
O improvável estuque
matéria pobre em fazenda rica
cuidou de ser cimento
vagando os espaços vazios. 
A escultura tomou forma.

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