A gata
ao colo do entardecer.
Na instrução da preguiça
enquanto o dia se funde no ocaso.
Pergunta,
no domínio de seu silêncio,
se amanhã
será outro prodigioso dia
benzido pelo sol.
Sabe, a gata,
a maioria das pessoas
está arreliada com o verão.
Acusam-no de estar envergonhado.
Exigem um estio como dantes.
A gata não se importa.
Desde que o entardecer
seja cativo do sol desmaiado
e a preguiça assim acarinhada.
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