22.7.18

Torre

Da torre
vejo a miragem
que embacia a pele. 
Combino
as esguias paredes
com o viveiro sem enfado.
E o nativo esgar
moldado com minhas mãos
projeta o cimento em que assentam
as escadas por onde somos sufragados.
Da torre de menagem
conspiro pelo bem da humanidade.
Arranjo o sal intenso
e deixo que sejam as palavras
o capataz de todas as empreitadas.
Da torre
desenho a homenagem
possivelmente num celeiro fértil
contra a maré da pérfida desconfiança.

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