1.7.18

O domínio dos sonhos

A voz inexorável
promitente
murmura os poros da pele
enxameados de mel tardio.
Documenta um pesar infundado
a voz trémula
como se estivesse 
transida pelo frio glacial.
Admite o arco-íris como medida
e ajeita-se à cor de um poema
como o pássaro tem o voo como sextante.
À noite
a voz, já cansada,
emudece.
Engolida pelo sono
dá lugar ao fértil império
onde os sonhos são suseranos.

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