Pelo
fundo desbotado de uma garrafa
impuras
as ideias que povoam a angústia.
Os
sinos não são subtis
quando
ressoam por dentro dos esteios,
desfazendo-os
em pedaços.
Dir-se-ia
não
ficam ideias de pé
sobram
delas vestígios que apenas
apuram
o sentido da memória.
O
fundo da garrafa
desbotado
no vidro arranhado
confere
a indecisão:
idas
as ideias
partidas
para parte incerta
arranjam-se
pedaços de chão para vindicar outras.
Não
é apocalipse.
A
orfandade tem vista curta.
Ditam
os corpos lançados num abismo
em
sua queda livre
que
terá um epílogo almofadado:
não
há ninguém órfão de ideias
(tirando
os que nem dão conta da petição de princípio).
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