O
inverno insinua-se,
letárgico.
Os
corpos cobrem-se,
frios.
O
vagar dos relógios,
catártico.
Um
espelho de neves,
contemplativo.
Os
gatos impassíveis,
ociosos.
A
penumbra opulenta,
anestesiante.
O
tempo arrastado,
ciciando.
Chaminés
fragmentos,
convocatória.
O
calendário cautelar,
amarrotado.
As
pressas adiadas,
lentamente.
Os
operários enregelados,
consumidos.
As
árvores despidas,
esperando.
E
gente enfraquecida,
doente.
Um
inverno lazarento,
algoz.
E
a pressa sem pressa,
enfim.
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