Um archote de
pavio lacónico
todavia aceso
por perto.
A penumbra
açoita o olhar
e o archote
aceso
arranja lugar.
Saber-se-iam as
febres tantas
houvesse carência
de luz
e o corpo medrasse
no limbo.
Saber-se-iam
dores tumulares
e a penumbra
seria endemoninhada.
Saber-se-iam
sabores ácidos a turvar a boca.
O archote do
pavio lacónico
convoca de uma
vontade
efémera e frágil
que seja,
desmaiado seja o
pavio.
Só uma centelha frugal
um módico clarão
travando o pé à
penumbra.
A servidão maior
procede dos
olhos voluntariamente vendados
acostumados à luz
apartada.
Um archote
mesmo de lacónico
estatuto
opera milagres de
que deus nenhum é capaz.
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