Julgava
que o peso do corpo
era
preparo bastante
nos
interstícios dos ramos arqueados.
Não
sabia dos penhores das almas
dos
humores sucedâneos
do
outono pusilânime
das
barcaças caducas no lodo do rio.
Não
sabia que havia cores sem cortinas
ou
palavras retiradas do exílio
ou
suores sem o concurso de esforços.
Ele
havia tantas coisas que não sabia
que
nem tinha aproximada ideia
das
coisas de que podia ter tirocínio.
Passava
um pano limpo no retrovisor
de
onde se aprumavam as memórias.
Não
que tivessem préstimo as memórias;
queria
que o espelho fosse varanda nítida
(e
sobranceira)
sobre
o cós do tempo que estava de véspera.
Não
era para trazer um oráculo às minhas mãos,
que
adivinhar o que se espera
é
locupletar o tempo antes de tempo,
açambarcar
conhecimento a destempo:
só
queria um espelho desembaciado
para
se abraçar
(descomprometido)
ao
tempo que ainda era véspera
e
dar caução ao muito que se viesse aninhar
nos anéis do saber.
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