Terçam-se
as espadas frias
um
banquete soez
aguçam-se
os lápis desembainhados
para
um logro no tempo.
Sabia
ser uma caução sem fundo
um
espelho estilhaçado que nada deixa ver
a
antinomia de paisagens pinceladas a ouro.
Sabia
das noites perdidas
no
jeito desastrado
de
desarranjar as estáveis considerações.
Sabia
dos rios tumultuosos
que
apenas são graça
para
a paisagem que extasia.
E
sabia
que
as espadas correm o risco de sangrar
o
risco de serem dor funda
tornando
impuros os domínios onde se terçam.
Tudo
confere.
Das
lições marginais que não são aprendidas
das
luzes baças que se emprestam ao torpor
dos
corpos abandonados às nuvens vetustas
dos
anéis despolidos em coreografia bastarda.
Confere.
A
lição magistral
dentro
de um palco freguês
onde
tem lugar
o
desalfandegar dos assentos confortáveis.
No
dorso de um cavalo mítico
desautorizando esgares aferroados na fealdade
no
sentido contrato com a inteireza.
Até
que sobrem
sobre
o chão molhado e sem vestígio das ruínas
só
as palavras doces
os
olhares ternos
a
sorte tirada no avesso do infortúnio
a
homérica assinatura das folhas brancas
à espera de heurísticas formulações.
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