Sob
o peso das nuvens de chumbo
dizem:
não
temos nada a temer.
Os
fumos densos
não
trazem rios de lividez
não
desassossegam as almas fartas.
Diante
dos trôpegos madraços
desdizemos
a má fortuna
que
cobiçam aos demais.
Talvez
desenhássemos
círculos
perfeitos na orla das nuvens
a
tempo de sermos soberanos.
Ou
então
atrás
das coisas escondidas
sob
a penumbra encavalitada
tirávamos
à sorte as ruas dardejadas
em
danças rituais à medida dos loucos.
Dos
loucos de que invejamos estatuto
à
espera da desunião entre os elementos axiais
e
das nótulas que,
prolixas,
desinquietam
os próceres da altivez.
Até
sermos todos gente meã
e
de um lugar térreo deixarmos de nós
o
sumo abundante e mélico.
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