De que é
feita esta amálgama?
De que sol
fundido se orquestram as palavras
entre os
berços vadios
e arbustos
revezes?
Destronei
os patíbulos do dissídio
em desfavoráveis
tempos
de argutos,
insensíveis escanções das almas
contra os
abutres famintos
sobrevoando
os contratempos em pose impante.
Não fugi
das cartografadas responsabilidades
não as
afugentei para lugar incerto
e aos
sobressaltos não fechei os olhos.
Não terei
sabido de muita coisa.
Não terei
sabido tomar nas mãos,
em sentido
próprio,
as intentonas
cruéis
os abjetos
tronos das divindades impostoras
os embaraços
diurnos
as majestosas
lápides deselegantes
os pesqueiros
sem proa
os mares
das ondas indolentes.
Não havia
sangue derramado
nem cicatrizes
tatuadas na pele molestada.
Tirando isso
sei o
lugar da intrincada amálgama
e não sei
o resto:
de que é
feito esta amálgama.
Mas sei
do sólio insensato
das mágoas sobrantes
e da alvorada
emoldurada no rosto radioso,
no intemporal
sentido das perguntas
a que não
desaguam respostas.
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