Espólio em cavalete
aguarela vivaz,
intacta
cor dos lábios carnudos
erupções em desafio.
Morro por
dentro da vida
em sentinelas
orquídeas
tutoras
das cores
tribunais
sem apelo,
supremos.
As vozes
sombrias
(seleção do
medo sem medo)
costuram as
pueris confianças
no latejar
dos olhos envidraçados
no remoço
eternamente prometido.
As coisas
não valem nada.
A não ser
o valor
que têm nas mãos abertas
desenhadas
nas palavras cilindradas
em arabescos
singulares
indomesticáveis.
Acabe-se
com o
pesar sobre as nuvens
a cicuta
disfarçada
o vinho
estragado
os poros
entrapados na estultícia.
Morte à
morte
para sabermos
que a
vida é efémera.
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