No esconderijo
balizei o
meu nome
pelo rosto
outro
destravadas
as lágrimas coevas.
E depois
nas fráguas
alindadas
depois do
caminho tortuoso
desenhei as
letras de ouro no chão basáltico,
húmido;
dei nome
ao chão dantes órfão.
Alguém disse
que as
histórias são camas do avesso
e vemos o
tempo avulso
na rosa-dos-ventos
por inventar.
Não saberia
testar a hipótese.
A caixa de
papel esvoaça sem sentido
leva-a a
vontade do vento varonil
e as velhinhas
amparadas uma na outra
arqueadas sobre
o peso venal etário
congeminam
a vingança sobre os silenciosos.
Perdi o rasto
do esconderijo.
Sobra o
fogo de artifício
a parcimónia
ausente dos vaidosos
a perene
inquietação do entardecer
a perplexidade
da infância
equações
sem desenredo
e um rosto
suado
gasto
que se
entreolha ao espelho
e vê
devolvido
um rosto
inesperado
– o rosto
que havia seu
enquanto a
infância fora império.
Afinal
era aí o
esconderijo.
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