No museu da
cativa intemporalidade
colhidas as
flores secas
desprovidas
das sementes cavernosas
celebra-se
com vinho a rodos
e a folia
pavoneia-se entre os demais
em passo
vagaroso;
que não se
incomode a fartazana
nem se
resgatem os destemperos
os vesúvios
da seriedade,
esses maltrapilhos,
costurando
perenemente sombrios rostos
enquanto mergulham
em poços vetustos.
Às pazadas
a terra atirada
para cima da pesporrência
terra queimada
para não ser
o risco de fruição tardia
e voltarem
ao monólogo enfadonho.
São os
candeeiros desabrochados
na fímbria
das trevas em estorvo
projetando
uma lua desmaiada
imensamente
branca
sobre os
despojos de tudo
cuspindo
os impropérios
sobre as
almas todas.
Deixem-se
os obséquios sarracenos
para os
despeitados
os volúveis
garanhões do vazio
os que se
debatem com o olhar franzido
sobre o
rosto sem contornos.
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