1.10.17

Medalhas

As medalhas transluzem à lapela
como o sangue da terra,
vertido nas flores tingidas.

Não sabe de mais nada
menos o ufano das comendas
em tiros convulsos sobre a indiferença.

Talvez queira
olhos ciciados no umbral do dia
um bem-haja desfolhando-se
em páginas circunspectas
árvores beijadas no rosto sem rugas.

Os frutos maduros
escrevem as páginas solícitas.

Não se despe das medalhas
nem nos contrafortes do sono.

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