Temos
lembrança
dos
ossos tombados
sobre
a lombada lírica dos penhores
nos
interstícios afunilados,
no
embaraço visível da língua morta?
Os mirtilos
orvalhados à espera da alvorada
presos
à raiz sentida do frio
atravessam
o monólogo cansado
dos
velhos túrgidos.
Pouco
interessam
o
ciciar das martas
os
espinhos das rosas decadentes
as
cinzas tumulares
as
epístolas impecavelmente organizadas
(pelos
possuidores da razão)
as
emasculadas espadas sem trunfos
os
abraços estimados como fraudulentos
as
ávidas, frondosas paisagens sem mapa
e
as juras estelares sem cio por parceiro.
Os
lençóis diurnos
ajeitam-se
ao corpo exangue
e
as diuturnidades da alma
cessam
seu pesar atávico.
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