Estorno
intencional
rimando
com a chuva lateral
no
rosto desfigurado por balas furtivas
as
balas no acaso da rivalidade alheia.
Antes
fosse oco o rosto
vazios
os olhos testemunhas
e
nas páginas sobrassem,
ausentes,
palavras
esquecidas.
Às
vezes
a
alquimia atira-se contra nós
perfazendo
um rumor lancinante
transgredindo
as fronteiras,
as
margens inertes,
à
prova de invasões.
Desfigurado,
o
rosto não se refugia
nos
contrafortes da melancolia;
podia
ser pior:
podia
uma montanha inteira desabar
ou
o mar transbordar e em sua fúria
gente
consigo levar
ou
o desamor ciciar o seu trunfo
no
rio seco onde tem leito a alma
ou
apenas
à
morte ter soçobrado.
A
fina fímbria que da luz irradia
quis
outro fado.
Temos
por dado
o
que nos assenta nas mãos:
e
isto não é resignação.
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