Atirada a
chave ao ar
no aleatório
movimento da demência
não sabia
se ganhava a cor do vento
ou se
tinha diluição nas águas pluviais.
O cinto
armado
sobre o
coldre gasto
não constituía
fiança.
Cantava ao
longe o coro outonal
e as
estrelas timoratas,
amalgamadas
nas nuvens,
mal acendiam
a noite rompante.
Procurou a
chave.
Mapeou o
chão
e os vestígios
das águas pluviais
enquanto a
cidade se esvaziava
com a
noite por testemunha.
Achou a
chave
Por entre detritos
encostados a um baldio
tomada pela
sujidade
na imundície
de quem se acha perdido
e configura
os passeios da cidade
em errância
venal.
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