O ouro
espalhado
apanhado
em seivas destinadas
sob janelas
tempestuosas
sem medo
dos embaraços
sem nos
sentirmos penhorados
pela esteva
quebrada.
No ouro
vertido
em lagoas
miríficas
os corpos
nus na habitual coreografia
somos o
ouro intenso
puro
tesouros sem
contraste
nos rostos
molhados pelo bolçar da cascata.
Do ouro
transigido
cobramos a
tenência das almas
das nossas,
as que
contribuem para a mordomia do tempo,
e tingimos
os dedos com a tinta vertida
nas palavras
que roubamos
ao ouro
sentido.
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