Da
escola perdida
entre
os estorvos do tempo
parecem
braços atados ao vento
perecem
as ardósias gastas
e
há luzes efémeras beijadas no estendal.
Os
vidros partidos
selam
a perda de outrora
de
um tempo junto nas mãos
agora
áridas.
Ao
fundo
a
vila anestesiada
um
velho dormindo sobre o cajado
enquanto
arrefece o banco do jardim.
A
bússola diurna levanta os ecos
desarmando
os rituais inertes
devolvendo
às pedras brancas
a
chuva eterna.
Sobram
as vinhas douradas
e
o peito inteiro nelas deitado
ao
fundo
o
rio maior
em
rima de amor
(em rima com o amor)
varrendo
as margens que o não interrompem.
Uma
alma angariada
entre
montes íngremes e cascalhudos
sem
medo dos lacraus
sem
medo do relógio transido
sem
medo da gente meã
ecoando
no rumorejo do rio distante
como
se o ouvisse em sussurro junto ao ouvido.
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