27.1.17

Epicentro

Imaginasse um epicentro
onde todas as coisas abrissem as asas
asas em que fosse possível deitar
e deitado voasse sobre um mapa.
Do epicentro
partiria com sede do mundo
dos idiomas desconhecidos
e dos rios e estradas e paisagens em espera.
Seriam,
esses lugares,
meus epicentros nómadas
em constante mudança
em constante demanda.
Pois o epicentro
é o lugar de onde nos vemos
numa certa medida do tempo.
Seria o trunfo ágil
para uma ataraxia
(que se força)
clandestina.

Sem comentários: