Será
que somos como nós
–
a pele escondida
feitios
vorazes
cores
embebidas
vinho
que não se adia
olhares
sobre as coisas
corpos
transidos?
Não
importa
se
somos como a linhagem herdada.
Só
importa
sermos
o que vier na rede
no
púlpito da vontade
no
sereno beijar do mar às pedras do cais.
Juramos
não atraiçoar
a
não ser a linhagem reverberada,
de
dentro para fora.
Até
que os impolutos jurados
sentados
na sua sentida cátedra
se
desmoronem corroídos por uma podridão
do
tamanho do seu atavismo.
Nós
somos fautores
dos
nós que em nós de desatam
e
repercutimos na tela as tenções que marejam
nos
interstícios das veias.
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