Perfeita a
constelação diurna
descompondo as
bravatas inúteis
no chão frio.
Diria,
sem suposições
frugais,
que os olhos
entediados saberiam
que calendário
escolher
que precisa
folha do calendário
escolher.
Mesmo que
estivesse escuro no quarto
e as mãos
arranjassem espaço
por tentativa e
erro.
Por mais
que os mastins
orquestrem
a noite imorredoira
e os tomadores
de chaves desfaçam
o ponto de Arquimedes
e maçadores
incontinentes da palavra
furtem o silêncio
esperado,
sobejam nas ogivas
rejuvenescidas
as orquídeas sem
tempo
à espera de vez.
Na perfeita
constelação diurna,
onde as estrelas
se intuem
nas sombras do avesso,
levando ao colo
o ciciar dos pássaros
e as ondas
sobrantes da maré imposta,
sem rumorejo leniente
ou arcadas
disformes,
o peso do rosto
levita no dorso da mão.
Quente e simples
no verbo alado
de estrofes amuralhadas
admitindo as
portas estroncadas
onde se queima a
amálgama de lugares-comuns
e de lugares-feitos.
Até que,
com a bênção da
aurora radiante,
troféus inanes não
sejam disputados.
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