De
um farol promontório
as
luvas macias da relva-musgo
e
vultos inesperados em coreografias
levantando
as ondas do mar.
De
um farol promontório
a
noite clara na embocadura do cabo
desassisando
prometidos fantasmas
em
voos sem rosto.
De
um farol promontório
em
vez de cortinas rasgadas
em
vez das profundezas da penumbra
uma
centelha de ouro lídimo.
De
um farol promontório
cinco
minutos de cada vez
sem
a espera mutilante
em
relógios vazados e sem ponteiros.
De
um farol promontório
às
voltas com demandas excruciantes
em
pelejas indemonstráveis
pedras
leves nos mastros ao longe.
De
um farol promontório
sinais
de fumo orquestrados por um solitário
e
os marinheiros penhorados
inclinam-se
na rota serenada.
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