25.1.17

Céu limpo

O sorriso maresia
destapou-se do baú empoeirado
na cintilação própria dos predestinados. 
Não queria saber dos dizeres alheios
nem das lotas onde se mercavam rumores. 
Não queria nuvens ácidas
nem bastiões de certezas impagáveis 
nem teclados adivinhados
nem adivinhas sem paredes.
O sorriso desfraldado
(discreto, porém)
era o trono vívido
nas Mecas inventadas ao redor do luar. 
O património inteiro
guardado a sete chaves
dos azougados discípulos das árvores citadas
por cima dos sussurros
na esteira fundeada ao mais fértil chão. 

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